Movimentos Estudantis

“se não nos deixam sonhar, não os deixaremos dormir”

(frase de cartaz da Praça Puerto del Sol- Espanha 2011)

Estudantil é relativo a estudantes: nós! Movimento é relativo a deixar de ficar parado e agir, se transformar e transformar o mundo! Pois o movimento estudantil é a ação coletiva dos estudantes para transformar o que acreditam estar errado.

Nesse sentido, é parte dos movimentos sociais de conjunto, pois atua na sociedade, se propõe a movimentá-la... Mas, ainda assim, o movimento estudantil tem suas particularidades. Ele se organiza desde as escolas e cursos de graduação, através de grêmios e centros acadêmicos, passando por entidades maiores, como os DCE's (Diretórios Centrais de Estudantes), que representam os estudantes das Universidades até entidades nacionais, como a específica da psicologia (CONEP- Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia, que organiza os estudantes desse curso de diversas instituições espalhadas pelo Brasil), a ANEL (Assembleia Nacional de Estudantes – Livre) e a UNE (União Nacional de Estudantes), ambas organizam o movimento estudantil nacional, com intensas diferenças e polêmicas, que virão a ser debatidas.

Mas, mais do que siglas, como as que apresentei agora, o movimento estudantil é uma forma de vivenciar o mundo de outro modo. É um convite para que cada um seja protagonista da sua história, que não aceite as imposições e limitações que tentam colocar sobre a educação, saúde, cultura, entre outras áreas da nossa vida! É um convite para sonhar! É um convite para experienciar a democracia nas ruas, não esta que nos é imposta, é um convite para vivenciarmos com calor e inteligência a nossa juventude. E é um convite também para enfrentar dificuldades, ter desgostos e tristezas inclusive!

Em 2011, a juventude deu exemplos de sua combatividade, ocupou praças aos milhares pelo mundo afora, deu vazão à sua indignação, foi vanguarda de revoluções no mundo árabe e continua viva para o ano que se abre.

Uma vez, a mãe de uma menina, ativista do movimento estudantil disse a ela: “você está perdendo a sua juventude!”. E ela respondeu: “perdendo eu estaria se não estivesse colocando a minha disposição e ousadia a serviço da luta. Quem perde a sua juventude é quem aceita o padrão fechado de jeito de ser jovem”.

Renatinha Ribeirão